Greves dos ferroviários ameaçam parar França

França vai começar a viver um longo período de greves no setor ferroviário a partir desta segunda-feira. Os trabalhadores discordam do projeto de reforma da companhia nacional de caminhos-de-ferro apresentado pelo governo. A ministra dos Transportes, Elisabeth Borne, mantém aberta a porta do diálogo e mostra-se otimista.
Mas o braço-de-ferro pode ser longo. A greve que começa esta segunda-feira ao final do dia prevê paralisações de 48 horas, a cada três dias, até 28 de junho.
Em causa está a transformação da SNCF em sociedade anónima, a abertura da rede ferroviária a companhias privadas e o fim do estatuto de trabalhador ferroviário para os novos contratos, entre outros dossiês.
Em 1995 o governo, sob a presidência de Jacques Chirac, foi obrigado a recuar perante a pressão da rua. Duas décadas depois, o executivo do presidente Macron diz-se determinado, embora aberto ao diálogo.