Presidente francês não descarta resposta. Alemanha e Itália demarcam-se de possível intervenção militar contra o regime de Bashar al-Assad
O Presidente francês disse que tem provas do uso de armas químicas no ataque do fim de semana passado em Douma, o último bastião rebelde nos arredores de Damasco, Síria.
Numa entrevista à estação de televisão TF1, Emmanuel Macron sublinhou que decidirá acerca de uma possível intervenção militar quando a informação necessária estiver reunida.
"Temos a prova de que na semana passada foram usadas armas químicas, pelo menos cloro, pelo regime de Bashar al-Assad. Não podemos deixar um regime - que pensa que pode fazer o que quiser e, ainda pior, desafiar a lei internacional - atuar", disse Emmanuel Macron.
Esta quinta-feira, a chanceler alemã disse que não participará num eventual ataque ao regime sírio por causa do alegado uso de armas químicas.
Durante uma conferência de imprensa conjunta com o primeiro-ministro dinamarquês, Lars Løkke Rasmussen, em Berlim, Angela Merkel ressalvou, no entanto, que há uma "grande unidade" entre os parceiros ocidentais e uma repulsa clara deste tipo de condutas.
"A Alemanha não participará numa eventual ação militar. Digo eventual porque não há nenhuma decisão. Quero deixar isso claro de novo. Mas vemos com bons olhos e apoiamos que se faça o necessário para mostrar que o uso de armas químicas é inaceitável", sublinhou Angela Merkel.
Itália ofereceu-se para dar apoio logístico aos aliados mas disse que não terá qualquer papel direto num eventual ataque militar do Ocidente contra o regime sírio. O secretário da Defesa dos EUA, Jim Mattis, disse, esta quinta-feira, que acredita que houve um ataque químico na Síria.