EUA de mão dada com Israel contra o Irão

Pompeo deixou bem expresso a forte aliança com Netanyahu
Pompeo deixou bem expresso a forte aliança com Netanyahu Direitos de autor Thomas Coex/Pool via Reuters
De  Francisco Marques com reuters
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Acordo nuclear com Teerão, firmado em 2015 por Barack Obama, está por um fio

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Os Estados Unidos estão "muito preocupados com as atividades destabilizadoras e malignas do Irão no Médio Oriente" e por isso - garante o novo chefe da diplomacia de Donald Trump - estão à beira de se retirar do acordo nuclear P5+1, assinado em 2015 com o governo de Teerão, ainda Barack Obama era o residente na Casa Branca.

A posição foi reforçada este domingo em Telavive, tendo no horizonte o dia de 12 de maio, prazo que o presidente dos Estados Unidos deu para decidir a reimplementação de sanções contra o Irão.

Numa visita relâmpago a Israel, cerca de 72 horas após tomar posse como secretário de Estado e ainda sem sequer conhecer o novo gabinete na Casa Branca, Mike Pompeo expressou "a grande preocupação" de Washington perante o alegado "perigoso agravamento das ameaças do Irão contra Israel e toda a região."

"A ambição iraniana de dominar o Médio Oriente mantém-se. Os Estados Unidos estão com Israel nesta luta e mantêm um forte apoio ao direito soberano de Israel se autodefender", afirmou Pompeo, numa conferência de imprensa ao lado do primeiro-ministro israelita.

Benjamin Netanyahu, por seu turno, reforçou as preocupações americanas, considerando que "a maior ameaça para o mundo é o casamento de militantes do Islão com armas nucleares."

"Em particular, a tentativa do Irão em adquirir armas nucleares", acrescentou Netanyahu.

Abordada foi também a agendada mudança da embaixada dos Estados Unidos em Israel de Telavive para Jerusalém.

"Estamos muito orgulhosos de inaugurar uma nova embaixada a 14 de maio. Reconhecer Jerusalém como a capital de Israel é reconhecer a realidade", disse Pompeo, em Telavive.

Missão diplomática intensa

Esta é a primeira viagem oficial do novo secretário de Estado norte-americano.

No sábado, Mike Pompeo esteve em Riade com o rei Salman, da Arábia Saudita. Na sexta-feira, cerca de 12 horas após tomar posse, Pompeo esteve em Bruxelas, numa visita à NATO.

O trabalho diplomático de Pompeo não começou apenas agora.

Há algumas semanas, ainda como mero secretário indigitado pelo presidente, Pompeo já representou a diplomacia da Casa Branca numa visita secreta à Coreia do Norte.

O então ainda chefe da CIA, os serviços secretos americanos, encontrou-se com Kim Jong-un para dar início aos preparativos bilaterais da muito aguardada reunião entre Donald Trump e o líder norte-coreano, prevista acontecer durante o mês de maio.

Em declarações ao canal televisivo ABC, publicadas este domingo na conta oficial do Departamento de Estado norte-americano, Mike Pompeo diz ter tido "uma extensa conversa sobre os temas mais sensíveis que enfrentam os dois países."

"Eu tinha uma missão com uma clara posição do presidente dos Estados Unidos da Amérioca. Quando me vim embora, Kim Jong-un percebeu a missão", lê-se.

Esta primeira viagem oficial como secretário de Estado norte-americano deverá concluir-se com uma derradeira escala na Jordânia ainbda este domingo à noite.

Outras fontes • Casa Branca, Haaretz

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