Washington garante que Telavive tem provas de que Teerão mantém um programa nuclear secreto, à revelia do acordo de 2015. Donald Trump decide até 12 de Maio se abandona o acordo.
O Secretário de Estado norte-americano afirma que as provas recolhidas por Israel não deixam margem para dúvidas, em relação à existência de um programa nuclear iraniano mantido em segredo por Teerão. "Penso que isto vai revelar o alcance e a dimensão do programa que eles desenvolveram. E penso que fica claro que, no mínimo, os iranianos têm estado a mentir ao seu próprio povo", declarou Mike Pompeo, naquela que é a primeira visita oficial do novo Secretário de Estado norte-americano, que incluiu paragens em Israel, na Arábia Saudita e na Jordânia.
A tomada de posição surge depois de o primeiro-ministro de Israel ter declarado, numa transmissão televisiva, a falar inglês e com o apoio de fotografias e documentos, que o Irão mentiu e tem um programa nuclear secreto. Para provar esta afirmação, Benjamin Netanyahu revelou que Israel conseguiu ter acesso a 55 mil documentos e 183 cds com informações que pertencem aos "arquivos nucleares" do Irão.
Israel acredita que as provas vão dar argumentos ao presidente dos EUA, Donald Trump, para se retirar do acordo nuclear nuclear P5+1, assinado em 2015 entre o governo de Teerão e seis potências mundiais: EUA, Rússia, China, França, Alemanha e Reino Unido.
O acordo estabeleceu um levantamento temporário de parte das sanções internacionais impostas ao Irão. Em troca, Teerão comprometeu-se a reduzir o programa nuclear.
Donald Trump decide até 12 de de maio, se abandona o acordo e avança com a reimplementação de sanções contra o Irão.