Nikol Pashinián acusa parlamento de utilizar uma linguagem antidemocrática
O Parlamento da Arménia rejeitou a candidatura a primeiro-ministro do líder da oposição Nikol Pashinián, que aspirava chefiar o governo até à realização de eleições legislativas antecipadas.
Pashinián recebeu apoio de todos os partidos da oposição com representação parlamentar, mas os 45 deputados que o apoiaram foram insuficientes, já que a maioria tinha 53 assentos.
55 membros do Partido Republicano, no poder, votaram contra o deputado da oposição que os acusou de usarem uma linguagem antidemocrática e se recusou a negociar com as autoridades.
Ao ver rejeitada a sua candidatura, Pashinián, que tinha denunciado esta manhã alegados planos da formação Republicana para frustrar a votação e recuperar o controlo do poder, regressou ao centro de Erevan para reunir com a multidão de apoiantes.
A Assembleia Nacional votou hoje para eleger um novo primeiro-ministro na sequência da demissão de Serge Sargsian a 23 de abril no contexto de enormes protestos antigovernamentais em todo o país.
O único candidato para ocupar a chefia de governo foi o líder das manifestações, Pashinián.
De acordo com a lei arménia, a Assembleia Nacional deve reunir dentro de uma semana para uma nova votação. Caso não haja uma conclusão, a camara pode ser dissolvida até às novas eleições