Primeiro-ministro elogia a mudança e garante que o país está no bom caminho da democracia
O Libano realizou este domingo as primeiras eleições parlamentares no país em quase uma década.
O sufrágio sucede a um período de crise política pressionada pelo atual primeiro-ministro, Saad Hariri, que chegou a pedir a demissão e a exilar-se na Arábia Saudita com acusações ao Hezbollah.
Um novo sistema eleitoral foi implementado, impondo uma representação proporcional na assembleia.
Após exercer votar, o primeiro-ministro comparou o que se passa nos países vizinhos com as eleições libanesas, que diz serem democráticas. Saad Hariri disse ser "um sinal de que o Líbano está no bom caminho" da democracia.
Ainda assim, o sunita não deverá livrar-se de uma nova coligação com os rivais xiitas do Hezbollah
O secretário-geral adjunto do grupo apoiado pelo Irão disse que "estas eleições são uma oportunidade importante para todos os libaneses votarem de acordo com a lei da proporcionalidade, a qual vai permitir a cada grupo estar representado no Parlamento".
O presidente do Líbano votou logo pela manhã Michel Aoun apelou à participação e sublinhou tratar-se de "uma chance dos libaneses poderem escolher quem melhor consideram representa-los" na assembleia.
Havia 583 candidatos de 15 distritos a correr por um dos 128 lugares no Parlamento libanês.
A taxa de abstenção terá sido superior aos 50 por cento e as previsões apontam para um reforço do poder do Hezbollah, e logo da influência do Irão na região, embora seja expetável que Saad Hariri se mantenha à frente de um novo governo de coligação.