Euroceticismo italiano poderá ser "remediado" em Bruxelas?

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De  Elena CavalloneIsabel Marques da Silva
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Mesmo que proponha um programa de governo visto como muito eurocético, a coligação populista italiana em construção deverá encontrar um compromisso com os valores defendidos pela União Europeia. Esse compromisso poderia até beneficiar o projeto europeu, diz o analista político Mario Telò.

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Mesmo que proponha um programa de governo visto como muito eurocético, a coligação populista italiana em construção deverá encontrar um compromisso com os valores defendidos pela União Europeia.

Esse compromisso pode até beneficiar o projeto europeu, disse, à euronews, o analista político Mario Telò: "Existe espaço de manobra para obter um acordo, desde que a liderança franco-alemã de Macron e Merkel seja capaz de conter a abordagem conservadora de países tais como a Holanda e da Finlândia".

"Idelamente seriam dados passos para agradar à Itália tais como, por exemplo, fazer a reforma do regulamento de Dublin sobre migração e, ainda, mudanças na política económica para aumentar o crescimento económico e o emprego", acrescentou o professor na Universidade Livre de Bruxelas.

Esse compromisso poderia, ainda, evitar que a onda populista italiana se agudize nesse país e contagie outros Estados-membros aquando das eleições europeias, em maio de 2019.

O eurodeputado socialista belga Marc Tarabella aconselha a "parar de simplificar o debate dizendo que há pró-europeus e anti-europeus".

"No grupo dos pró-europeus há ultraliberais que defendem menos controlo do mercado e, no lado oposto, há os que exageram na regulação. No grupo dos anti-europeus, compreendo algumas vozes que criticam o sacrifício de setores tais como o da agricultura, em alguns países, ou na indústria, noutros. Precisamos de uma verdadeira estratégia pró-europeia, a que chamaria patriotismo económico europeu, que está um pouco em baixa".

Um dos países fundadores da União Europeia, a Itália governada pela Liga Norte e pelo Movimento 5 Estrelas ameaça criar uma nova frente polémica na já difícil discussão sobre o futuro do bloco comunitário.

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