No comunicado da distinção, lia-se que o jornalista tem "enfrentado décadas de assédio e processos jurídicos ao revelar a corrupção e os abusos dos direitos humanos em Angola".
Rafael Marques é um "herói", segundo o Instituto Internacional de Imprensa, que acabou de atribuir ao jornalista angolano um prémio precisamente intitulado de "Herói Mundial da Liberdade de Imprensa".
No comunicado onde era anunciada a distinção, escrevia-se que o também ativista, conhecido pela vigorosa oposição durante a presidência de José Eduardo dos Santos, faz "um jornalismo de vigilância que os meios controlados pelo Estado do país não conseguem concretizar, proporcionando um serviço essencial ao público angolano".
No mesmo texto, lia-se também que Rafael Marques tem "enfrentado décadas de assédio e processos jurídicos ao revelar a corrupção e os abusos dos direitos humanos em Angola".
O jornalista, já alvo de seis meses de pena suspensa por difamação por causa do livro "Diamantes de Sangue: Corrupção e Tortura em Angola", arrisca agora 4 anos de prisão na sequência de um artigo de 2016, comprometedor para o então Procurador-Geral da República angolana.