Liège, a dor do dia seguinte

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De  Joao Duarte Ferreira
Liège
Liège

A cidade belga de Liège está de luto depois do ataque terrorista de terça-feira.
A polícia, as autoridades e a população de Liège assinalaram a ocasião esta quarta-feira com um minuto de silêncio.

"Sentimos que as pessoas estão chocadas mas também unida"

Willy Demeyer Presidente da câmara de Liège

Uma demonstração de solidariedade que teve lugar antes da cerimónia de homenagem às três vítimas mortais do ataque.

De recordar que já em 2011 a cidade foi vítima de um outro ataque do qual resultaram seis mortos.

No local do ataque de terça-feira vários ramos de flores servem de recordação dos momentos terríveis vividos que resultaram na morte de duas agentes da polícia e um jovem de 22 anos.

A euronews falou com uma colega de escola de Lucille.Ela optou por não se identificar.

"Lucille era uma jovem sorridente que tinha tido a sua dose de dor e sofrimento na vida. Ela tinha muitos problemas mas era uma lutadora. Ela sorria e brilhava muito. Ontem tive uma intuição e enviei-lhe uma mensagem. Como ela não respondeu, pensei logo que tinha sido ela...", afirma.

Para além de Lucille Garcia, outra agente da polícia também perdeu a vida, Soraya Belkacemi.

A escola onde o atacante, Benjamin Hermann, foi morto permanece fechada.

Mas no local do ataque várias pessoas deixaram ramos de flores e mensagens de solidariedade. Muitos ainda não acreditam no que aconteceu.

"Choca-me que isto tenha contecido aqui. É evidente que não foi ninguém daqui responsável por este ataque, foi um marginal que talvez não devesse ter sido libertado, afirmou um residente da cidade.

Na câmara municipal de Liège as pessoas podem deixar mensagens num livro de condolências.

O presidente da câmara afirma que a cidade está unida.

"Sentimos que as pessoas estão chocadas mas também unidas. E agora têm questões sobre a situação do atacante. A investigação do procurador federal terá que ajudar a resolver isto" adianta Willy Demeyer, o presidente da câmara de Liège.

Uma cidade unida na dor e agora exige respostas.