OCDE revê previsão de crescimento em alta

Ángel Gurría, Secretário-geral da OCDE
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De  Teresa Bizarro
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A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico lança um alerta para os riscos de derrapagem e pede que não se repitam os erros do passado.

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A OCDE volta a corrigir em alta as previsões de crescimento para 2018 e 2019. A economia mundial deve crescer perto de 4 por cento. China e Índia lideram a tabela. Portugal está em linha com o crescimento da zona euro, com uma projeção acima dos dois por cento.

O título do relatório não deixa no entanto margem para dúvidas: Crescimento forte, mas com grandes riscos. A palavra risco aparece cerca de 180 vezes no documento da OCDE.

O Secretário-Geral da OCDE sublinha que "estávamos a crescer a 4 por cento, antes da crise e que, por isso, demorou-se 10 anos a voltar aos níveis que tínhamos. Isto representa quão profunda, abrangente e destrutiva foi a crise". Ángel Gurría acredita que o mundo não aprendeu as lições da crise. Pede que não se baixe a guarda e se vigiem os mercados para que os erros passados não se repitam. "Temos obviamente um sistema financeiro mais capitalizado, mais regulado, mais bem supervisionado. Diria, globalmente mais forte. Mas vemo s agora movimentos para o desregular," afirma.

Com um crescimento muito apoiado no consumo, é uma boa notícia a previsão de que a taxa de desemprego - já em mínimos históricos - vai continuar a descer. O desemprego no próximo ano vai ser o mais baixo na OCDE desde 1980.

O preço do petróleo, que subiu mais de 50 por cento no último ano, e a especulação imobiliária, originada pelas baixas taxas de juro, são os dois principais motivos de preocupação.

A OCDE diz que é tempo de reformas estruturais que sustentem a retoma e melhorem as condições de vida das populações.

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