Jordânia: uma economia "em luta"

Jordânia: uma economia "em luta"
Direitos de autor REUTERS/Muhammad Hamed
De  Euronews
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Governo jordano navega entre descontentamento popular e pressão do Fundo Monetário Internacional

PUBLICIDADE

Na Jordânia, os sindicatos decidem manter greves e protestos, apesar das mudanças no governo e dos esforços do Rei Abdullah II para dar resposta à maior vaga de contestação dos últimos anos no país.

Na capital, Amã, o dono de uma mercearia culpa o executivo pelo facto de ter a prateleiras cada vez mais vazias, afirmando que a política de aumento de preços e do IVA e de redução dos subsídios torna impossível manter o negócio à tona.

Eyad Mkheimar: "É o governo e as suas políticas falhadas. Continua a subir preços sem um estudo real. Tudo o que lhe interessa é reduzir a dívida pública e o orçamento. Durante quanto tempo terão os cidadãos de aguentar esta situação? Tenho esta loja há dez anos, mas dentro de poucos meses estarei sentado em casa."

As medidas impopulares avançadas pelo governo são uma resposta às reformas exigidas pelo Fundo Monetário Internacional para reduzir uma dívida pública de 31 mil milhões de euros.

Um dos objetivos é aumentar a percentagem de população submetida a impostos, baixando o nível a partir do qual os salários são taxados. O executivo também pretende acabar com várias isenções de impostos.

Os manifestantes - muitos dos quais estudantes, recém licenciados ou jovens trabalhadores - queixam-se das dificuldades para pagar as contas, encontrar emprego e construir um futuro na Jordânia.

Apesar do PIB jordano ter crescido 2% em 2017, a taxa de desemprego situava-se acima dos 18% no primeiro trimestre de 2018 e, em abril, o país registava uma inflação de 4,6 por cento.

A Jordânia e o FMI estabeleceram um plano de ação de três anos. O governo defende que as reformas vão reduzir as disparidades sociais, aumentando o fardo sobre aqueles que ganham mais. Em 2012, o país já tinha vivido um clima de forte agitação social, depois do FMI ter forçado o executivo a aumentar os preços dos combustíveis.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Jordanos na rua contra a austeridade

Institutos alemães baixam para 0,1% perspetiva de crescimento do PIB deste ano

Onde é que as casas são mais caras na Europa e quanto é que as pessoas estão dispostas a gastar?