A discussão pelo nome foi o maior obstáculo à tentativa de Skopje integrar a União Europeia
Este domingo, nas margens do Lago Prespa, foi assinado um acordo que põe fim à disputa de 25 anos sobre o nome da antiga república jugoslava da Macedónia.
Para os Primeiros-ministros da Grécia e da Macedónia e para chefe da diplomacia da União Europeia, Federica Mogherini, este é um acordo histórico.
"É um evento histórico para as duas partes, para os Balcãs, mas também para toda a União Europeia e para a Europa. Porque demonstra que a disposição de encontrar uma solução, a diplomacia, o diálogo, trazem soluções", comentou Federica Mogherini.
A discussão pelo nome foi o maior obstáculo à tentativa de Skopje integrar a União Europeia. O ministro macedónio dos Negócios Estrangeiros, Nikola Dimitrov, espera agora que o Conselho Europeu dê luz verde para iniciar as negociações de adesão, em Junho: "Queremos uma data para iniciar a jornada europeia, até o final deste mês, no Conselho Europeu. Será um desastre estratégico se abrirmos uma porta, e não houver outra logo a seguir"
Entretanto, a 50 quilómetros do lago Prespa, o maior partido da Macedónia, o conservador VMRO-DPMNE, organizou uma manifestação contra o acordo assinado por Skopje e Atenas.
"Não queremos ser a Macedónia do Norte. Queremos ser macedónios. É o que os nossos antepassados eram e o que jamais deixaremos de se", diz uma manifestante.
Borjan Jovanovski, euronews:
Skopje e Atenas, depois de 25 anos de negociações, conseguiram finalmente alcançar um acordo histórico. No entanto, com a resistência existente nos dois Estados, implementar o acordo continua a ser um grande desafio.