O líder norte-coreano leva consigo a desnuclearização e a economia na bagagem
Após a cimeira de Singapura na semana passada, o líder norte-coreano chegou esta terça-feira a Pequim para um encontro de alto nível com o presidente chinês Xi Jinping.
"É difícil dizer se a Coreia do Norte está a jogar jogos com os Estados Unidos e o governo chinês"
Centro de Estudos da Península Coreana, Universidade de Pequim
Trata-se da terceira vez que Kim Jong-Un visita Pequim desde março, uma visita que prova o engajamento da China na Coreia do Norte.
A visita tem lugar sob o pano de fundo da guerra comercial crescente entre a China e os Estados Unidos.
"Neste momento, é difícil dizer se a Coreia do Norte está a jogar jogos com os Estados Unidos e o governo chinês. É claro, ou aparente, que o governo chinês é o único que apoia o governo norte-coreano", afirma o académico Kim Donggil, diretor do Centro de Estudos da Península Coreana da Universidade de Pequim.
A cimeira de Singapura terminou com uma declaração na qual Kim Jong Un se compromete de forma firme e inabalável com a desnuclearização da península coreana. Na semana passada Donald Trump recuou e comprometeu-se a terminar com os exercícios militares conjuntos entre a Coreia do Sul e os Estados Unidos.
"A suspensão do programa Guardião Da Liberdade tem significado porque pode diminuir os riscos para a segurança na península coreana e empurrar a Coreia do norte na direção da desnuclearização. Não espero problemas de maior quanto à capacidade defensiva da aliança e dos militares sul-coreanos em particular", adianta Yang Mu-jin, professor na Universidade de Estudos Norte-Coreanos em Seoul.
Para o líder norte-coreano, o principal agora é conseguir o levantamento das sanções que estão a estrangular a economia do país.