Treinador também enviou uma carta e pediu desculpa. Autoridades temem falta de oxigénio.
A operação de resgate para salvar os 12 rapazes e o treinador de uma equipa de futebol de júniors presos há duas semanas numa gruta do norte da Tailândia pode começar a qualquer momento.
As autoridades temem novas chuvas que, pela sua intensidade, poderiam dificultar ainda mais o acesso ao local. Além disso, o oxigénio tem vindo a diminuir.
Numa carta dirigida às famílias, o treinador pediu desculpa por ter levado as crianças ao local. Vários jogadores escreveram também aos pais. As cartas foram entregues pela Marinha Real Tailandesa.
Continuam a ser testados diferentes planos de salvamento, mas a morte de um mergulhador da marinha tailandesa deixou as autoridades apreensivas.
O mergulhador, considerado altamente experimentado, morreu na sexta-feira. Levava a cabo uma operação para entregar mantimentos aos jovens.
Entretanto, as equipas dizem ter feito mais de 100 furos na montanha, em busca de alternativa a uma evacuação por mergulho.
Narongsak Osatanakorn, o governador da província de Chiang Rai, no extremo norte da Tailândia, apelou à calma e disse que as operações eram muito complexas:
"As equipas de mergulhadores, que vieram para ajudar-nos, explicaram-nos que é impossível passar além da terceira câmara. Não conseguem passar daí. O mundo nunca enfrentou uma operação de resgate tão difícil quanto esta," explicou.
A província de Chang Rai fica situada perto das fronteiras com Laos e Myanmar, a antiga Birmânia.
As grutas de Tham Luang são um sistema complexo e, por causa das águas das monções, de difícil acesso, com um percurso de muitos quilómetros, num terreno acidentado e parcialmente submerso.
Foi no dia 23 de junho que o treinador e a equipa de jovens jogadores decidiu explorar a gruta, depois de um jogo, mas as águas da chuva impediram que o grupo abandonasse o local.
As equipas de salvamento encontraram-nos mais de uma semana depois, tendo estado a bombear àgua do interior da gruta, para prevenir novas inundações.
Encontram-se envolvidas cerca de mil pessoas nas operações de resgate, entre tailandeses e estrangeiros.