NATO mantém porta aberta ao leste europeu

Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da Arménia
Nikol Pashinyan, primeiro-ministro da Arménia Direitos de autor atyana Zenkovich/Pool via REUTERS
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De  Andrei BeketovIsabel Marques da Silva
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NATO mantém porta aberta ao leste europeu

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As relações com os países do leste europeu, antigos satélites da União Soviética, dominaram parte dos trabalhos do último dia da cimeira da NATO, em Bruxelas.

"Vamos continuar aliados próximos da Rússia e esperamos desenvolver as nossas relações com a Rússia, mas também com a NATO e os países ocidentais, isto é, com a União Europeia e os Estados Unidos", disse, à euronews, Nikol Pashinyan, o recém-empossado primeiro-ministro da Arménia.

Os líderes da Geórgia e da Ucrânia defenderam uma maior cooperação com a NATO, apesar de alguma oposição.

"A Hungria bloqueou, de facto, uma maior cooperação da NATO com a Ucrânia, incluindo o trabalho ao nível da comissão bilateral. Uma solução de compromisso foi proposta e, informalmente, chamou-se-lhe "formato mar Negro". É uma espécie de trio envolvendo a NATO, a Geórgia e a Ucrânia. Isso significa que a NATO poderá passar a ter mais influência na região do mar Negro", explicou Rostislav Khotin, um analista ucraniano.

A cimeira decorreu na sede inaugurada no ano passado, onde há muito espaço para acolher quem se queira juntar aos atuais 29 aliados.

"A NATO está interessada em ter, pelo menos, novas parcerias com países que vêem benefícios na cooperação com a Aliança. É o caso da Ucrânia, Geórgia, Suécia e Finlândia. A sede tem muito espaço e é um símbolo de que a porta da NATO continua aberta", explicou Magnus Nordenman, analista no Conselho Transatlântico.

Algo que desagrada à Rússia, como poderá explicar o presidente Vladimir Putin ao seu homólogo dos EUA, Donald Trump, já na próxima semana.

"O presidente Donald Trump disse que poderá ser mais fácil conversar com o homólogo russo do que com os parceiros europeus, que o tentaram convencer a tomar uma posição mais dura contra a Rússia. Trump seguiu viagem para o Reino Unido, onde serão abordados os envenenamentos com um gás de nervos, que já fizeram uma vítima mortal. Mas a posição de Trump deverá ser mais clara só depois do encontro com o presidente Putin", acrescentou o correspondente da euronews, Andrei Beketov.

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