Os taxistas espanhóis voltaram a bloquear a principal artéria de Madrid. Alguns motoristas portugueses juntaram-se ao protesto e no aeroporto de Lisboa houve táxis que não transportaram passageiros.
Em protesto contra plataformas como a Uber, milhares de taxistas voltaram a bloquear esta terça-feira a principal artéria de Madrid num movimento de contestação que se estendeu a outros pontos da Península Ibérica.
As queixas, nomeadamente de concorrência desleal, são antigas e os motoristas não acreditam que o poder político vá resolver a questão da forma que desejam.
"Não confiamos que o atual equilíbrio de forças no Parlamento avance com qualquer tipo de norma, nem não pouco acreditamos que as regiões autónomas, de forma unilateral, sejam capazes de replicar ou executar normas da forma que o setor quer", afirmou Miguel Angel Leal, presidente de uma associação de taxistas, após um encontro infrutífero com o governo.
Reconhecimento, pedem os homens do volante. Afirmam estar a "defender" o serviço público que prestam e queixam-se da falta de regulamentação nas plataformas e por isso de uma "concorrência completamente desleal", referiu um taxista.
Alguns taxistas portugueses juntaram-se ao protesto em Madrid e no aeroporto de Lisboa, dezenas de carros não transportaram passageiros em solidariedade com os colegas espanhóis.
A noite já tinha sido de protestos em Espanha e a luta dos taxistas promete ser pelo menos tão quente como os próximos dias no sudoeste da Europa.