A Euronews esteve nas ruas do centro de Teerão para saber como encaram os iranianos mais um pacote de sanções da parte de Washington.
O novo pacote de sanções anunciado pela Administração Trump contra o Irão entra em vigor esta semana. O correspondente da Euronews em Teerão, Javad Montazeri esteve nas principais artérias da capital persa para saber como encaram os cidadãos esta nova fase das conturbadas relações entre o seu país e os Estados Unidos.
Se o acordo nuclear iraniano é para honrar, como dizem Bruxelas, a Rússia e a China, a verdade é que o novo pacote de sanções dos EUA não passa ao lado de uma economia com mais de 80 milhões de habitantes.
E a pressão de Washington tem-se feito sentir a vários níveis nos últimos meses. Empresas que deixam o país, produtos que não se exportam, criando um ciclo negativo difícil de conter.
Um dos primeiros entrevistados, no centro do país, disse que "as sanções tiveram realmente um impacto, seja a nível do câmbio seja no preço do ouro."
"E perdemos muitos postos de trabalho. Várias fábricas despediram trabalhadores jovens, que foram para o desemprego. O nosso Governo deveria ter em conta o que se passa a fazer um planeamento económico adequado para resistirmos às sanções."
Um país entre frustração e a resignação, explica um segundo entrevistado, mais velho.
"Os Estados Unidos assinaram um acordo e depois não o cumprem. Os americanos portam-se como alguém numa posição de domínio e nenhuma das ações deles se baseia em lógica ou num cálculo correto. Não se pode contar com eles."
O sexto maior produtor mundial de petroleo terá ainda de enfrentar as sancoes dos estados unidos no setor.