Najib Razak foi acusado de três crimes de lavagem de dinheiro no âmbito de um escândalo de corrupção que envolve um fundo estatal. As irregularidades na gestão de fundos vieram a público pouco antes das eleições de 9 de maio e Razak acabou por ser substituído pelo antigo mentor Mahathir Mohamad
Najib Razak, o ex-primeiro-ministro da Malásia, voltou a declarar-se inocente perante o Supremo Tribunal, onde está a ser julgado.
Esta quarta-feira, o antigo chefe de Governo foi acusado de três novos crimes de lavagem de dinheiro relacionados com um escândalo de corrupção associado ao desvio do fundo estatal 1Malaysia Development Berhad.
O 1MDB foi fundado em nome do desenvolvimento económico e presidido pelo próprio Razak quando chegou à liderança do executivo em 2009.
Em causa estão três entradas de um total de 8,9 milhões de euros na conta bancária do ex-chefe de Governo oriundos de uma filial do referido fundo, a SRC International, que investigadores norte-americanos alegam ter sido pilhado por associados de Razak.
Parte do dinheiro terá sido alegadamente branqueada na compra de imóveis, iates, joias e obras de arte.
Apreendido em Bali pelas autoridades indonésias em colaboração com o FBI, o luxuoso iate "Equanimity" chegou recentemente à Malásia. Pertencia a Jho Low, um financeiro internacional sob suspeita e amigo próximo de ex-primeiro-ministro.
Cada acusação de lavagem de dinheiro é punível com uma pena máxima de 15 anos de prisão e um possível multa que pode chegar até cinco vezes a quantia recebida de forma ilegal.
Em julho, Najib Razak já tinha recebido quatro acusações, três de abuso de confiança e uma de abuso de poder.