Iniciativa abrange Escola de Medicina da NYU e inclui novos estudantes e os que regressam para o segundo e terceiro anos.
Os estudantes da Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque, a NYU, descobriram que vão ter um regresso às aulas diferente, depois da escola ter anunciado que, a partir deste ano, ninguém pagará propinas.
Uma supresa para pais e alunos num sistema de ensino superior conhecido pela qualidade, mas também pelo preço. Rafael Rivera é reitor da Escola de Medicina da NYU e um dos responsáveis pelo serviço de admissões:
"O sistema de propinas gratuitas que estamos a implementar aqui na Escola de Medicina da Universidade de Nova Iorque implica que os estudantes do programa tenham direito a uma bolsa com cobertura total. São 55 mil dólares e esse custo é coberto pela bolsa"
O curso de medicina da NYU é frequentemente considerado como dos 10 melhores dos Estados Unidos.
Para Rafael Rivera, a decisão, por mais surpreendente que seja, passa por um investimento no futuro da medicina nos Estados Unidos:
"Quando nos perguntam porque fazemos isto, respondo porque acho que vai beneficiar os pacientes a longo prazo. Trata-se de criar a força de trabalho que os nossos pacientes merecem."
A universidade espera assim atrair os alunos mais brilhantes e não só os mais ricos. Quer também evitar que as especialidades mais populares sejam as que melhor paguem.
Uma forma de recrutar bons profissionais para a medicina familiar a pediatria e ginecologia.
A Associação de Escolas de Medicina dos Estados Unidos calcula que a dívida dos médicos recém-formados supere o equivalente a 180 mil euros, agravando-se no caso das instituições privadas, como é o caso a NYU.