Washington reforça sanções sobre a Turquia

Os Estados Unidos ameaçaram com a imposição de mais sanções sobre a Turquia caso o país não liberte um clérigo norte-americano.
"Fomos muito claros com os nossos homólogos, tanto eu como o Secretário Pompei, sobre a libertação do clérigo"
Secretário do Tesouro, EUA
A ameaça surgiu numa mensagem enviada pelo presidente Donald Trump para as redes sociais.
Antes, na quinta-feira, o tema havia sido abordado na Casa Branca no decurso de uma reunião do executivo.
Neste encontro, Trump anunciou o aumento das tarifas alfandengárias sobre o aço e o alumínio provenientes da Turquia.
O secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que foram igualmente impostas sanções sobre membros do governo turco e que estariam em curso outras iniciativas caso o clérigo norte-americano não seja libertado.
No centro do conflito com Washington está o clérigo norte-americano Andrew Brunson, detido pelas autoridades turcas e acusado de espionagem e ligações ao partido dos trabalhadores do Curdistão, PKK.
Segundo um porta-voz do governo turco, a Alemanha e a França expressaram solidariedade para com a Turquia.
"Ambos os líderes, que dirigem dois países europeus importantes, disseram especificamente que a robustez da economia turca, a manutenção da estabilidade económica é importante não apenas para a Turquia mas igualmente para as economia europeia e global. Também partilharam com o nosso presidente que a tendência do presidente Trump para utilizar o comércio, dólares e tarifas como armas é algo errado", disse Ibrahim Kalin, porta-voz presidencial norte-americano.
A Turquia retaliou com a imposição de tarifas sobre alguns produtos norte-americanos, em particular produtos electrónicos.
De recordar que este ano a lira turca já perdeu cerca de 40% do seu valor frente ao dólar.