Irão pede ao Tribunal Internacional de Justiça fim das sanções dos EUA

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De  João Paulo Godinho
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Teerão acusa Washington de impor o estrangulamento da economia numa "clara agressão" ao país islâmico.

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O Tribunal Internacional de Justiça, em Haia (Holanda), foi o campo de batalha escolhido pelo Irão para responder às sanções dos Estados Unidos da América.

As audiências do processo contra Washington começaram esta segunda-feira e devem prolongar-se por, pelo menos, quatro dias, tendo o governo iraniano exigido a suspensão temporária das medidas.

Segundo o advogado Mohsen Mohebi, representante de Teerão no tribunal, os EUA estão a estrangular a economia do país, construindo um cerco de consequências dramáticas para o povo.

"Esta política não é nada mais do que uma clara agressão económica contra o meu país. O termo agressão não é exagerado. Os Estados Unidos afirmaram que o objetivo dessas medidas é mesmo provocar o máximo de danos ao Irão", declarou Mohsen Mohebi na audiência no principal órgão judiciário das Nações Unidas.

O Irão garantiu que o Tribunal Internacional era a única via possível depois do fracasso da diplomacia.

No entanto, o Secretário de Estado americano, Mike Pompeo, já garantiu em comunicado que o país vai defender-se "vigorosamente" do Irão. Pompeo acusou ainda o Irão de querer interferir com o direito soberano dos Estados Unidos de tomar as decisões legais necessárias para proteger a sua segurança nacional.

Em maio, o presidente norte-americano, Donald Trump, retirou os Estados Unidos do acordo nuclear assinado pelo Irão e pelas grandes potências em 2015. Foi então anunciado o restabelecimento de duras sanções económicas à nação islâmica.

As primeiras sanções norte-americanas, lançadas no início de agosto e relativas ao setor financeiro e comercial, serão seguidas em novembro por outras a visar o setor petrolífero e de gás, essenciais para o fôlego financeiro do executivo iraniano.

Outras fontes • LUSA/Reuters

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