Revolta no Rio depois do incêndio no Museu Nacional

Revolta no Rio depois do incêndio no Museu Nacional
Direitos de autor 
De  Antonio Oliveira E Silva com Agência Brasil e Lusa
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Centenas de manifestantes concentraram-se no centro da cidade para pedir responsabilidades e mais investimento na cultura, ciência e educação.

PUBLICIDADE

O centro do Rio de Janeiro foi palco de protestos esta segunda-feira por causa do incêndio que destruiu o Museu Nacional, considerado como a maior instituição científica brasileira e o quinto maior museu do mundo, com cerca de 20 milhões de exemplares de acervo e uma biblioteca de mais de 530.000 títulos até ao dia da tragédia.

Foram centenas de professores, investigadores e estudantes que participaram num chamado "Ato de Luto pelo Museu Nacional," na Cinelândia.

Gritaram palavras de protesto contra o que disseram ser a falta de investimentos no património e na cultura, numa manifestação que começou por volta das 16 horas locais e que durou cerca de duas horas, de acordo com a Agência Brasil.

O movimento foi convocado através das redes sociais.

Contou com a presença de várias plataformas de estudantes do ensino superior, como a União Nacional dos Estudantes (UNE), a Associação Nacional de Pós-Graduandos (SNPG).

Foi o primeiro ato de protesto organizado fora das imediações do Palácio de São Cristóvão, onde se encontrava o Museu Nacional.

Durante o protesto, registaram-se confrontos entre grupos de estudantes, mas a situação foi controlada pelas autoridades, sem levar a cabo qualquer detenção.

O incêndio teve lugar às 19:30 locais de domingo e o combate às chamas estendeu-se pela madrugada de segunda-feira.

 Estiveram envolvidos bombeiros de vinte quartéis do Rio de Janeiro.

UNESCO: "A maior tragédia dos últimos tempos para a cultura brasileira"

A UNESCO lamentou “a maior tragédia dos últimos tempos para a cultura brasileira” e denunciou “a fragilidade dos mecanismos de preservação dos bens culturais” no país.

Entre as peças inestimáveis transformadas em cinzas, está uma coleção egípcia, uma de arte e de artefactos greco-romanos, coleções de paleontologia – que incluíam o esqueleto de um dinossauro encontrado na Estado de Minas Gerais eo mais antigo fóssil humano descoberto no Brasil.

Um dos únicos vestígios preservados foi o enorme meteorito com mais de cinco toneladas, que continua em frente à entrada, agora sozinho no meio de cinzas e paredes calcinadas.

Editor de vídeo • Antonio Oliveira E Silva

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

"Museu das Ilusões" abre em Nova Iorque

Aberto inquérito para apurar causas do incêncio do Museu Nacional

No Museu da Comida Nojenta em Berlim há iguarias para (mesmo) todos os gostos