Programa Erasmus+ em risco no Reino Unido

Programa Erasmus+ em risco no Reino Unido
De  Joao Duarte Ferreira
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A ausência de acordo sobre o Brexit ameaça a continuação deste programa no Reino Unido

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Estudantes e universidades por toda a Europa estão preocupados com as negociações do Brexit. Em caso de ausência de acordo, o programa de intercâmbio universitário Erasmus+ termina no Reino Unido.

Na ULB em Bruxelas, os números não sugerem uma queda significativa no número de candidaturas de estudantes belgas para universidades britânicas. De momento permanece em vigor um acordo que abrange o próximo ano, no entanto deverão ser feitos preparativos para a ausência de acordo.

"Para nós, isto significa considerar outros destinos em caso de ausência de acordo. O Canadá ou a Irlanda devem ser destinos potenciais. Para alguns dos nossos estudantes, o norte da Europa, os países escandinavos são uma alternativa potencial. Seria uma pena excluír o Reino Unido", afirma Kristin Bartik, vice-reitora da ULB, Universidade Livre de Bruxelas.

Uma estudante de Londres afirma que a ausência de acordo seria uma perda para ambos os lados.

"Se não houver acordo, trata-se de uma enorme perda não apenas para o Reino Unido mas também para a Europa, na minha opinião. As pessoas vêm para aqui para aproveitarem o sistema de educação, aprender inglês, experimentar a vida no Reino Unido, seria uma grande vergonha na minha opinião", adianta Emma J Latham, estudante britânica.

Um político conservador britânico disse à euronews que o Reino Unido quer manter o Erasmus+, mas é preciso chegar a um acordo financeiro.

"Tanto quanto sei, o Reino Unido quer manter o Erasmus tal como existe até ao momento. Exsitem, é claro, questões sobre orçamentos, quem vai pagar, quais serão as contribuições orçamentais; existe ainda a questão do número de estudantes que vem para o Reino Unido que é superior em relação ao oposto, por isso, os custos para o governo britânico são mais elevados, do que para os outros governos europeus. Permanecemos dentro do princípio de que o governo britânico quer manter o Erasmus", conclui Daniel Dalton, eurodeputado conservador britânico.

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