John McDonnell afirmou que a opção de permanência na União Europeia não deve ser incluída.
Teve início o congresso anual do partido Trabalhista em Liverpool, onde cerca de 200 mil pessoas marcharam já nas ruas para reclamar um segundo referendo.
Parte das reformas implementadas até ao momento por Jeremy Corbyn enquanto líder trabalhista tiveram por objetivo democratizar o processo de tomada de decisões no partido, com a apresentação a voto de mais moções intra-partidárias.
A estratégia do partido tem sido a de manter relativo silêncio em relação ao processo de brexit. O partido apresentou seis condições para aprovar qualquer acordo, um dos quais é a garantia de um forte relacionamento futuro com a União Europeia, mas tem preferido deixar as negociações tomarem o seu curso e esperar pelo inevitável conflito no seio do governo conservador, entre as facções a favor e contra o acordo de brexit, que actualmente se verifica.
Para muitos, chegou agora o momento do partido Trabalhista tomar uma posição sobre o brexit. Assim, será amanhã votada uma moção, preparada nos últimos dois dias, para obter a aprovação do partido para a realização de um segundo referendo.
No entanto, foi levantada ontem a questão de saber se tal referendo deverá ou não incluír a opção de permanência na União Europeia. Hoje de manhã, o trabalhista ministro-sombra das Finanças John McDonnell afirmou que a opção de permanência não deve ser incluída e que o referendo deverá tão somente perguntar ao povo britânico se este quer ou não um novo acordo de brexit.
O assunto está em debate até à votação de amanhã mas o clima é de satisfação pelo facto de, ao fim de dois anos, o partido ir finalmente tomar posição sobre o brexit.