Vinte e quatro equipas, seis cidades anfitriãs, nove estádios e uma nação louca por futebol estão prontos para receber o continente para o maior torneio de África.
Após meses de expetativa, a Taça das Nações Africanas (CAN) começa finalmente este domingo em Marrocos. Vinte e quatro equipas, seis cidades anfitriãs, nove estádios e uma nação louca por futebol estão prontos para dar as boas-vindas ao continente para o maior torneio de África.
O torneio de quatro semanas foi concebido como um ensaio geral de alta visibilidade para o Campeonato do Mundo de 2030, em que Marrocos será um dos anfitriões, ao lado de Portugal e Espanha. O reino embarcou num dos programas de infraestruturas mais agressivos da história do desporto africano para se preparar.
A Costa do Marfim, campeã em título, teve uma campanha quase inacreditável como anfitriã da última vez, e a Nigéria espera fazer melhor depois de ter perdido a final.
O Senegal de Sadio Mané está de volta depois de ter vencido a edição de 2021, e o Egito espera que a especulação sobre o futuro de Mohamed Salah não distraia a equipa de conquistar uma oitava coroa continental, que se prolonga por um recorde.
Os grupos
- Grupo A: Marrocos, Mali, Zâmbia e Comores
- Grupo B: Egito, África do Sul, Angola e Zimbabué
- Grupo C: Nigéria, Tunísia, Uganda, Tanzânia
- Grupo D: Senegal, República Democrática do Congo, Benim, Botsuana
- Grupo E: Argélia, Burkina Faso, Guiné Equatorial, Sudão
- Grupo F: Camarões, Gabão, Costa do Marfim e Moçambique
Atmosfera eléctrica em Rabat
Na vasta fanzone de Rabat, um concerto de abertura pôs o público a dançar antes de os jogos começarem. Apesar do tempo frio e chuvoso - condições invulgares para uma Taça das Nações Africanas - os adeptos marroquinos já estão em grande estilo.
"Vamos lá, Marrocos! Esta é a nossa Taça!", grita Abdessamad, vestido com as cores nacionais. Perto dali, o colega Mouhad está igualmente confiante: "Esperamos ganhar a CAN, sim!"
Todos os olhares estão voltados para o defesa Achraf Hakimi. Uma lesão no tornozelo sofrida no início de novembro colocou em dúvida a sua participação na partida de abertura. Mas o capitão insiste que a equipa está pronta para lidar com as expectativas.
"Esta é a responsabilidade que temos", diz Hakimi. "É uma responsabilidade positiva que nos motiva a estarmos prontos para este torneio."
Comores, os "azarões", abraçam o momento
Enquanto Marrocos carrega o peso das esperanças de uma nação anfitriã, o clima no campo das Comores é mais relaxado. A nação insular está prestes a disputar a sua segunda Taça Africana das Nações.
"Perdemos a CAN na Costa do Marfim. Foi triste, mas hoje provámos mais uma vez que temos nível para estar nesta CAN", disse o avançado El Fardou Ben Mohamed. "Por isso, sim, é um motivo de orgulho para todo o povo comoriano, apesar de sermos um país pequeno."
A importância do momento não passou despercebida em casa. O presidente das Comores, Azali Assoumani, visitou pessoalmente a equipa, conhecida como "Coelacanths", para mostrar o seu apoio antes do jogo de estreia.
Agora, os jogadores terão de enfrentar a atmosfera imponente do Estádio Moulay Abdellah, em Rabat, onde quase 70 mil torcedores - a maioria deles apoiando os Leões do Atlas - criarão um cenário intimidador.
Hora do pontapé inicial
Faltam poucas horas para o pontapé inicial. O primeiro jogo da CAN 2025 começa esta noite, às 19:00, lançando oficialmente o maior torneio de futebol de África e o início de mais um capítulo na história do futebol do continente.