Os deputados discutiram a proposta de aumentar dos 55 para os 63 anos a idade da reforma das mulheres e o aumento dos 60 para os 65 anos da idade da reforma para os homens.
Centenas de pessoas protestaram, esta quarta-feira, em frente ao edifício do Parlamento russo, em Moscovo, contra a polémica reforma do sistema de pensões anunciada por Vladimir Putin.
Os deputados discutiram a proposta de aumentar dos 55 para os 63 anos a idade da reforma das mulheres e o aumento dos 60 para os 65 anos da idade da reforma para os homens.
"É uma questão de terrorismo social, uma lei que a sociedade não aceita. É categoricamente contra a adoção desta lei," assegura o líder do Partido Comunista Russo, Gennady Zyuganov.
Uma das principais críticas à reforma é a esperança média de vida dos homens na Rússia. Segundo a estimativa do Banco Mundial, ronda os 66 anos de idade pelo que, cerca de 43% morrerá antes de atingir a idade da reforma.
As propostas têm sido alvo de contestação dando origem a uma descida acentuada da taxa de popularidade de Vladimir Putin dos 80% em maio para os 64% em julho.
"Pedi ao Governo para estudar seriamente e usar todas as propostas construtivas, inclusive da oposição, da maneira mais séria", garante o presidente russo, Vladimir Putin.
A jornalista da euronews, Galina Polonskaya, relata que "e debate sobre a reforma das pensões, que dividiu a sociedade, durou quatro horas na Duma. O resultado da votação era previsível - afinal, o Rússia Unida tem uma vantagem inquestionável no parlamento. Os partidos de oposição afirmaram que para o partido no poder foi um suicídio político. Muitos residentes da Rússia estão, simplesmente, com medo de não sobreviver à reforma. Os temores em relação às pensões atingiram os índices de aprovação de Vladimir Putin."