Relatório do organismo da ONU quer limitar aquecimento global a 1,5C
A Humanidade terá que efetuar mudanças sem precedentes na forma como consome energia, viaja e constrói se quiser evitar as ondas de calor, as secas, inundações e perda da biodiversidade.
"O principal é olhar para os custos de não fazer nada, os enormes riscos que corremos com o planeta"
Diretor-executivo, E3G
Esta a conclusão do mais recente relatório do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas publicado esta segunda-feira.
O relatório do organismo da ONU defende uma redução para 1,5 graus centígrados da meta de 2 graus estabelecida no Acordo de Paris em 2015.
"Temos muitas tecnologias que agora podem ser implementadas rapidamente de forma a ficarmos pelos 1,5 graus. Também é necessária muita inovação para chegarmos ao zero. O principal é olhar para os custos de não fazer nada, os enormes riscos que corremos com o planeta e com as nossas vidas, é algo que temos que tentar, ninguém acredita que pode ser fácil, vai requerer um esforço sem precedentes", afirma o diretor-executivo do organismo independente E3G, Nick Mabey.
De acordo com o documento, as energias renováveis terão que gerar 70 a 85% da eletricidade até 2050 de forma a limitar o aquecimento global a 1,5 graus centígrados. Atualmente, as energias renováveis geram apenas 25% das necessidades energéticas.