Em cinco anos, um centro na Turquia, financiado por uma ONG e pela UE, fabricou 6500 próteses mas todos os meses chegam novos pacientes.
Ahmet, um menino sírio de 11 anos, foi vítima de um bombardeamento aéreo na Síria, no ano passado e iniciou, recentemente, a fase de reeducação, para aprender a caminhar com as próteses feitas à medida num centro da Turquia, em Reyhanli, perto da fronteira síria.
O centro abriu as portas em 2013. Desde então, acolheu milhares de refugiados. Em cinco anos foram fabricadas 6500 próteses. O pessoal do centro vem sobretudo da Síria já que o projeto foi lançado por médicos da diáspora síria.
Desde o ano passado, o centro é apoiado pela ajuda humanitária da união europeia em parceria com a ONG Relief International.
Depois de tiradas as medidas do paciente, é necessário uma semana para fabricar e testar as próteses. Só depois começa o trabalho de reeducação. Os refugiados que foram amputados abaixo do joelho devem seguir no máximo duas semanas de reeducação. Os casos mais complexos exigem vários meses de exercícios.
O centro recebe, em média, dois novos pacientes por semana. Todos os meses, há 120 pessoas que terminam a reeducação. Atualmente há 600 pessoas em lista de espera que não poderão receber a prótese antes de seis meses.
Não há dados fidedignos sobre o número de sírios feridos em sete anos de guerra. Mas uma coisa é certa: o conflito sírio deixou cicatrizes profundas em toda uma geração.