Amnistia Internacional retira prémio a Aung San Suu Kyi

Amnistia Internacional retira prémio a Aung San Suu Kyi
Direitos de autor REUTERS/Athit Perawongmetha
De  João Paulo Godinho
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

A organização criticou a passividade e o silêncio da líder de Myanmar a propósito da repressão militar contra a minoria muçulmana Rohingya.

PUBLICIDADE

A Amnistia Internacional anunciou esta segunda-feira a retirada a Aung San Suu Kyi do prémio Embaixadora da Consciência, que foi atribuído à líder de Myanmar em 2009.

Por trás desta decisão está a consternação da Amnistia Internacional com o silêncio face às atrocidades militares contra a minoria Rohingya.

A comunidade muçulmana da antiga Birmânia enfrenta uma onda de repressão desde 2017, que levou mais de 700 mil rohingyas a fugirem para o Bangladesh.

"Não vimos o tipo de coragem que achamos necessária e que deve ser personificada pelo Embaixador da consciência. Aung San Suu Kyi teve muitas oportunidades de falar em nome do seu povo, incluindo os Rohingya, e por demasiadas vezes ela falhou", afirmou Francisco Bencosme, representante da instituição.

Aung San Suu Kyi chegou a ser galardoada com o Prémio Nobel da Paz em 1991, quando estava em prisão domiciliária pela junta militar que dirigia o país.

Permaneceu como prisioneira política até 2010, ano em que foi finalmente libertada depois de anos de forte pressão da comunidade internacional.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

Monções em Myanmar deixam cinco mortos e 40 mil deslocados

Aung San Suu Kyi recebe perdão parcial pelo Conselho de Estado de Myanmar

Mais de 200 novos refugiados rohingya chegaram à Indonésia