Banco de Inglaterra emite alerta para um "Brexit" sem acordo

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Se a saída do Reino Unido da União Europeia acontecer a 29 de março sem acordo, só no primeiro ano a economia britânica pode afundar-se oito por cento

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Um "brexit" sem acordo poderá implicar piores impactos na economia do Reino Unido do que o provocado pela crise financeira de 2008. O aviso partiu esta quarta-feira do Banco de Inglaterra (BoE, na sigla original).

Numa análise de cenários e não de previsões, o regulador financeiro britânico alerta que um não acordo com a União Europeia poderá provocar, logo no primeiro ano de impacto, uma contração de oito por cento na economia do país, abaixo da queda de 6,25 por cento por cento provocada pela crise.

Numa altura em que a primeira-ministra Theresa May procura convencer o parlamento britânico a aprovar o acordo estabelecido com Bruxelas, o que não parece fácil, a análise do BoE antevê que uma relação próxima com a União Europeia, permitida por um "divórcio amigável", poderia contrair a economia britânica apenas em um por cento, tendo por referência a situação do Reino Unido caso continuasse como Estado-membro.

A boa notícia da análise do BoE é que todos os bancos passaram os testes de stresse de um "brexit" sem acordo, nos quais o valor das casas caía mais de 30 por cento; o PIB britânico afundava 4,7 por cento e o desemprego subia 9,5 por cento.

Todos os bancos britânicos se revelaram fortes o suficiente para aguentar um "brexit" desordenado, lê-se no documento divulgado pelo BoE.

Mark Carney garante que também o Banco de Inglaterra está pronto para o pior "divórcio" possível.

Questionado se este alerta seria um manifesto de apoio ao governo de May para convencer o parlamento a aprovar a 11 de dezembro o acordo com Bruxelas, o governador do BoE respondeu apenas que a função do banco não é esperar o melhor, mas preparar-se para o pior cenário de 30 de março, o dia seguinte à saída britânica da União Europeia.

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