O presidente francês abriu a porta ao diálogo entre o primeiro-ministro e os manifestantes
"Penso que existem alternativas ao estado de emergência"
Ministra da Justiça, França
Na capital francesa as equipas de limpeza já estão a reparar os estragos provocados no Arco do Triunfo pelas manifestações dos coletes amarelos.
Durante o fim-de-semana, as forças da ordem viram-se a braços com o que alguns já descrevem como as manifestações mais violentas desde o maio de 1968.
O presidente francês, Emmanuel Macron, convocou uma reunião extraordinária do executivo e abriu a porta a negociações entre o primeiro-ministro e os líderes dos manifestantes.
O presidente visitou ainda os locais dos confrontos que resultaram em mais de uma centena de feridos, incluindo 23 polícias e cerca de 400 detenções.
Houve igualmente quem levantasse a possibilidade do presidente decretar o estado de emergência.
No entanto, a ministra da Justiça rejeitou a ideia.
"Não penso que estamos nesse ponto, penso que existem alternativas ao estado de emergência", adiantou Nicole Belloubet, ministra da justiça.
Na origem dos protestos está o aumento dos impostos sobre o combustível. Os manifestantes contestam igualmente o aumento do custo de vida em geral.
O presidente afirma que não aceita a violência e que está aberto a ideias sobre a aplicação da taxa sobre os combustíveis.