"Átila", a nona ópera de Verdi, abriu nova temporada do Teatro alla Scala de Milão.
A noite foi de estreia, mas também de protesto, na Casa da Ópera de Milâo.
Do lado de fora, um pequeno grupo de manifestantes aguardava Matteo Salvini. Lá dentro, "Átila", a nona ópera de Verdi, esperava pelo público.
"Sem quatro cantores deste nível, seria impossível fazer Átila, para além de que Ildar Abdrazakov, que cantou esta ópera em todo o mundo, deveria ser o nosso principal intérprete", afirmou o diretor musical Riccardo Chailly.
Para o encenador Davide Livermore, a ópera é acima de tudo uma afirmação da cultura italiana, que deve ser preservada. "Ópera é a combinação de todas as artes ao mesmo tempo, faz parte da nossa cultura, portanto, celebrar todas as artes significa celebrar a nossa cultura, significa criar memória e identidade, temos de perceber o valor que temos em todos as casas de ópera em Itália, em todos os teatros, nos museus, não podemos perder esta ocasião extraordinária, porque, caso contrário, se continuarmos com o mundo da Wikipédia, não sei onde vamos chegar", lamentou.
"Átila", de Giuseppe Verdi, abriu a nova temporada do Scalla e vai estar em palco até 8 de janeiro. Para a estreia, um bilhete podia custar até 2500 euros.