Theresa May obrigada a renegociar com Bruxelas

A primeira-ministra britânica vai voltar a Bruxelas para renegociar o mecanismo de salvaguarda que estabelece uma fronteira física entre a Irlanda e a Irlanda do Norte, depois do Brexit.
Foi este o mandato que Theresa May recebeu esta terça-feira da Câmara dos Comuns. Duas semanas depois do chumbo ao plano negociado com Bruxelas, a maioria dos deputados aprovou a chamada "Emenda Brady" que, sem detalhar, prevê "acordos alternativos" em substituição do backstop no Acordo de Saída negociado com a União Europeia.
Uma vitória para May, já que esta era a única emenda para onde mobilizou apoio. A Câmara dos comuns votou 7 emendas. Para além da "Emenda Brady", os deputados apenas aprovaram a "Emenda Spelman", a única não vinculativa, que firma a intenção de não sair da União Europeia sem acordo.
Próximos passos
- Theresa May pede a Bruxelas para reabrir o acordo para o Brexit
- Propõe "acordos altenativos" ao backstop para a Irlanda do Norte
- Marca nova votação para o mais breve possível
União europeia não quer reabrir o dossier
Poucos minutos depois da votação ter terminado em Londres, um porta-voz de Donald Tusk saudava a intenção do governo britânico de evitar uma saída sem acordo, mas pedia um esclarecimento das intenções em relação aos próximos passos.
Os chefes de Estado e de Governo dos países do sul da União Europeia subscreveram hoje uma declaração comum em que fecham a porta a uma renegociação do acordo de saída do Reino Unido.
Esta posição resultou da cimeira de Nicósia, em Chipre, e foi subscrita pelo primeiro-ministro português, António Costa, e pelos chefes de Estado e de Governo da França (Emmanuel Macron), Itália (Giuseppe Conte), Grécia (Alexis Tsipras), Malta (Joseph Muscat) e Chipre (Nicos Anastasiades).