Os sindicatos pedem um aumento generalizado, o que não acontece há dez anos.
Os serviços públicos em Portugal estiveram parados ou a trabalhar a meio-gás esta sexta-feira, devido à greve geral da Administração Pública. Depois de uma paralisação parcial na quinta-feira, este foi o dia da grande paragem. À FESAP, afeta à UGT, juntou-se a Frente Comum da Administração Pública, afeta à maior central sindical, a CGTP.
A greve afetou particularmente as escolas: "90% das escolas de todo o país estiveram fechadas. Este dia praticamente sem aulas mostra como os professores e o pessoal não-docente das escolas estão contra o desinvestimento na educação que este governo está a demonstrar", disse Mário Nogueira, secretário-geral da FENPROF, sindicato dos professores igualmente afeto à CGTP. Uma professora em greve diz estar a receber menos do que em 2010, antes do começo da aplicação do plano de austeridade.
Muitos utentes mostram-se incomodados com a greve, mas muitos outros mostram-se solidários com as revindicações dos sindicatos.
A saúde esteve também a trabalhar com muito pessoal de greve. Em muitos hospitais, só funcionaram os serviços essenciais. A revisão das carreiras, congeladas há dez anos, são a principal reivindicação. Se este ano há uma revisão do salário de base, para que esteja coordenado com o novo salário mínimo, só no próximo ano, segundo o governo, é que vai haver um aumento generalizado.