O líder da oposição na Venezuela dirige-se esta quinta-feira para a fronteira
As tensões voltam a aumentar na Venezuela. O líder da oposição e autodeclarado presidente interino Juan Guaidó afirma que esta quinta-feira vai juntar-se a uma caravana que se dirige para a fronteira entre a Venezuela e a Colômbia a fim de obter o auxílio humanitário norte-americano que se encontra bloqueado.
O anúncio levanta a possibilidade de confrontos violentos com os apoiantes do presidente Nicolás Maduro e forças militares.
O exército venezuelano já fechou vários postos fronteiriços, incluindo portos, a fim de evitar a entrada do que o presidente Maduro considera tratar-se uma invasão norte-americana.
Na quarta-feira, milhares de apoiantes de Maduro manifestaram-se nas ruas num sinal de solidariedade para com o presidente.
O auxílio humanitário enviado pelos Estados Unidos está a ser armazenado na Colômbia e no Brasil, junto à fronteira com a Venezuela.
Numa conferência de imprensa realizada na capital, Caracas, a organização humanitária Amnistia Internacional afirma que quer justiça para os mais vulneráveis.
"A Amnistia Internacional considera que o sofrimento generalizado destas pessoas não deve ser utilizado como ferramenta de negociação política. Os Estados têm a obrigação de providenciar cooperação internacional sem quaisquer condições assegurando que a ajuda chega diretamente às pessoas mais vulneráveis", Erika Guevara, diretora para as Américas da Amnistia Internacional.
O líder da oposição pretende afastar Maduro do poder, instituir um governo de transição e realizar eleições no país.