Oposição de centro-direita ganha eleições na Estónia

A Estónia pode vir a ter uma mulher como chefe de Governo, pela primeira vez na história. O Partido Reformista, liderado por Kaja Kallas, ganhou as eleições legislativas deste domingo.
Kallas já descartou qualquer hipótese de fazer coligação com a extrema-direita, que quase triplicou o resultado das eleições anteriores.
“Temos um programa longo e abrangente que todos gostaríamos de implementar pela Estónia, mas também precisamos de negociar com outros parceiros da coligação, o que poderá ser feito. Existem basicamente três opções, o Partido do Centro, o Pro Patria ou os Socialistas," declarou Kaja Kallas.
A formação de centro-direita e pró-europeia, na oposição, conseguiu cerca de 29% dos votos, contrariando as sondagens, e superou o Partido do Centro, do primeiro-ministro cessante Jüri Ratas, que se ficou pelos 23%.
A nossa tarefa é defender os valores, os princípios e pontos de vista que prometemos aos nossos eleitores. e nós não temos apenas alguns eleitores em toda a Estónia," declarou Jüri Ratas.
O Partido Popular Conservador (EKRE), de extrema direita, foi a grande revelação das eleições ao conseguir arrecadar 17,7% dos votos, o que o faz passar dos atuais 7 assentos para 19.
"O que queremos ver no acordo da coligação não é o tipo de bla-bla-blaa que os nossos rivais reivindicaram, os 500 euros de isenção em impostos e transporte gratuito. Queremos coisas realizáveis, tal como Donald Trump - construir um muro na fronteira, revogar o Obamacare e introduzir benefícios fiscais. Vamos fazer o mesmo," revelou o l´ider do EKRE, Mart Helme.
Esta terça-feira, devem começar as consultas iniciais entre partidos para a constituição do novo governo do pequeno país báltico membro da União Europeia e da NATO, na fronteira com a Rússia.