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Portugal de luto pelas vítimas de violência doméstica

Portugal de luto pelas vítimas de violência doméstica
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De Filipa Soares
Publicado a Últimas notícias
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Portugal cumpre esta quinta-feira um dia de luto nacional pelas vítimas de violência doméstica. 11 mulheres foram mortas no início deste ano, o número mais elevado numa década. A diretora técnica do P'ra Ti, centro de atendimento à Mulher da associação UMAR, no Porto, aponta razões.

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Portugal cumpre esta quinta-feira um dia de luto nacional pelas vítimas de violência doméstica. Doze mulheres foram mortas no início deste ano, o número mais elevado numa década.

Ilda Afonso, diretora técnica do P'ra Ti, centro de atendimento à Mulher da associação UMAR (União de Mulheres Alternativa e Resposta), no Porto, encontra razões para explicar esta subida do número de vítimas: "Deve-se a vários motivos, principalmente a uma sociedade que ainda vê de forma desigual o papel dos homens e das mulheres, mas também, e a UMAR não se cansa de apontar o dedo, ao facto de a Justiça em Portugal não levar a sério o crime de violência doméstica, desvalorizando o crime, achando que é um crime menor, desculpando o agressor e encontrando sempre defeitos na vítima".

As sentenças de um juiz do Tribunal da Relação do Porto têm chocado muitas pessoas em Portugal. Neto de Moura foi advertido, depois de ter escrito numa sentença que podia entender o facto de um marido ter agredido a mulher, por ela ter cometido adultério. Até citou a Bíblia, lembrando que nesta se lê que as mulheres adúlteras devem ser punidas com a morte.

A associação de mulheres lembra que Portugal só começou a trabalhar nas respostas à violência doméstica no início do milénio, 20 anos depois de outros países europeus.

"Em Portugal, três em cada cinco mulheres são ou foram vítimas de violência doméstica. Há outros países como a França e a Alemanha com números bem inferiores a estes. Há outros países que têm números superiores aos nossos. Também depende do trabalho que já vem sendo feito nos diferentes países", afirma Ilda Afonso.

A UMAR considera que Portugal deve investir na prevenção primária e na formação de profissionais, como juízes e profissionais de saúde.

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