Observadores elogiam tranquilidade das eleições na Guiné-Bissau

Elogios a um ato eleitoral tranquilo, pacífico e ordeiro. Foi desta forma que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o governo português enalteceram a realização das eleições legislativas deste domingo na Guiné-Bissau.
Mais de 760 mil eleitores guineenses foram chamados às urnas para eleger um novo parlamento entre os candidatos de 21 partidos políticos.
O sentimento de satisfação com o sufrágio foi ainda partilhado pelos observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e pelos enviados da União Africana (UA). O chefe da missão da União, Rafael Branco, realçou a grande participação cívica.
"Temos 15 equipas espalhadas pelo território nacional. Recebemos um relatório às 08:00 da manhã e outro às 12:00 (mesma hora em Lisboa) e esse dois relatórios coincidem nisto: o clima é de tranquilidade, de uma participação cívica notável e esperamos pelo relatório da noite que nos vai dar uma visão de todo o processo", afirmou este domingo o representante da UA.
Inicialmente marcadas para novembro de 2018, as eleições foram impostas pela comunidade internacional. Em causa estava uma longa crise política, criada com a demissão em 2015 do primeiro-ministro, Domingos Simões Pereira, apesar de o partido a que pertence - o PAIGC - ter a maioria absoluta.
A expectativa de milhares de guineenses é que termine o impasse político e sejam dados passos firmes no combate ao tráfico de droga e à economia paralela no país. Um sinal da importância dessa luta foi dado no próprio dia da votação, com uma apreensão de 800 kgs de cocaína e a detenção de quatro suspeitos.
Os primeiros resultados das eleições devem ser conhecidos a partir desta terça-feira.