Estado francês processado por falta de ações contra aquecimento global

Recusam ficar de braços cruzados e por isso a Greenpeace, Oxfam, Fundação para a Natureza e o Homem e Associação Notre Affaire à Tous enveredaram pela via judicial. Processaram o Estado francês por alegadas "violações" e incumprimento das obrigações a que está sujeito contra o aquecimento global.
Em dezembro, uma petição online intitulada "L'Affaire du Siècle" (O Problema do Século) e lançada pelas organizações não-governamentais superou 1,5 milhões de assinaturas no espaço de cinco dias. Foi crescendo em apoiantes a par da impaciência das ONG's. Sem tempo a perder avançaram depois de receber uma resposta do Governo que não consideram suficiente.
Querem que o tribunal julgue "violações" de Estado e apelam ao primeiro-ministro e "ministérios competentes" a tomar decisões. Pedem também o reconhecimento dos prejuízos morais e ecológicos e uma "indemnização simbólica de um euro".
Para o ministro francês da Transição Ecológica trata-se de uma questão política.
De visita ao Quénia, no quadro de uma cimeira ambiental, o Presidente Emmanuel Macron anunciou, esta quarta-feira, o encerramento das quatro últimas centrais a carvão no país.
Uma gota de água num oceano de medidas a tomar de acordo com os autores do último relatório da ONU também apresentado em Nairobi durante a Assembleia-Geral do Programa das Nações Unidas para o Ambiente.
Já esta quinta-feira, Macron respondeu ao ataque sofrido. Na arena internacional manifestou o compromisso com a causa ambiental. Disse "não fazer parte do campo dos desesperados nem dos cínicos, mas antes do campo dos determinados."