'Balcão Único do Futuro' ajuda imigrantes na Suécia

Em parceria com The European Commission
'Balcão Único do Futuro' ajuda imigrantes na Suécia
De  Claudio Rosmino
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O projeto, denominado 'One stop future shop', é um sucesso reconhecido internacionalmente e apoiado pelas autoridades locais e pela União Europeia

Biskopsgarden é uma freguesia urbana muito sensível do município de Gotemburgo, na Suécia.

O programa 'One stop future shop' – uma espécie de ‘balcão único para o futuro’ - ajuda as pessoas à espera de entrar no mercado de trabalho, como os muitos imigrantes que vivem aqui, a iniciar empreendimentos próprios.

No Centro de Inovação e Negócios, o diagnóstico está feito: "Eles são quem tem a rede de contactos mais fraca, muito pouco conhecimento sobre o mercado de trabalho sueco e sobre o tipo de apoio que podem obter do sistema," diz a diretora Annie Hohlfält.

Os que aqui chegam não são simples desempregados, são potenciais empreendedores. Ajudá-los também significa impedir que caiam numa espiral de acontecimentos negativos - para eles, mas também para a sociedade. Samira Savarani, conselheira no Centro de Inovação e Negócios, sublinha que "se não encontrarem uma saída, entram num novo ciclo, propício à frustração e raiva. No ciclo seguinte - que é o último, quando as pessoas perdem a esperança-, ficam mentalmente doentes, as famílias separam-se e isso tem um custo para a sociedade."

Para este projeto, é fundamental uma abordagem multicultural e são oferecidos conselhos empresariais em seis idiomas (árabe, espanhol, inglês, persa, somali e sueco), com foco na sustentabilidade e empreendedorismo social.

A partir de 2016, este programa, apoiado pela Política de Coesão da União Europeia, contribuiu para criar cerca de 140 novas empresas.

Cumprir sonhos

Ana Gema Tolentino é uma imigrante mexicana com um enorme talento para cozinhar comida tradicional do seu país; Estava só à espera de uma oportunidade para o expressar. Com o apoio do programa, abriu o restaurante, localizado numa área industrial de Gotemburgo. "Ensinaram-me como fazer as coisas, o que tem de ser feito numa cozinha, quais são os regulamentos de higiene e segurança," explica Ana Tolentino, garantindo no entanto que "no final, é sempre uma questão de paixão e trabalho duro ".

Começar um novo negócio também pode ser uma forma de emancipação.

Leila Emami nasceu no Irão e fundou, em Gotemburgo, uma pequena empresa que vende tapetes feitos no Irão por mulheres com condições de trabalho justas. Para esta empreendedora, é importante contribuir para melhorar a comunidade de onde veio: "Queria produzir tapetes artesanais sustentáveis e, ao mesmo tempo, ajudar as mulheres da minha região, que precisam de emprego para serem independentes; para serem livres," afirma.

As entidades oficiais de Gotemburgo reconheceram a importância social deste projeto e decidiram apoiá-lo para além do período de 3 anos previsto inicialmente.

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