O caso tem como pano de fundo uma contenda histórica entre a Boeing e a Airbus por causa de apoios concedidos à indústria aeronáutica
Os subsídios concedidos pelo bloco comunitário à Airbus estão na base de novas ameaças de Donald Trump. O presidente dos EUA deixou em aberto a possibilidade de impor tarifas em 11 mil milhões de dólares em produtos da União Europeia para fazer frente às ajudas à fabricante francesa de aeronaves, rival da norte-americana Boeing.
O representante do comércio dos EUA, Robert Lighthizer, divulgou uma longa lista preliminar de itens que poderão ser alvo da ofensiva. Salmão, queijos, frutas, azeite, vinhos ou motas, por exemplo, mas o setor aeronáutico, incluindo a Airbus, também não escapa ao radar.
Em causa está um litígio que dura há 14 anos, com a Organização Mundial do Comércio (OMC) a concluir, no final de março, que os EUA violaram regras comerciais com apoios ilegais à Boeing, prejudicando a Airbus.
A administração Trump, por outro lado, considera que os subsídios concedidos à Airbus têm causado "efeitos adversos nos Estados Unidos." A Casa Branca sublinhou que só conta avançar com as referidas tarifas no final deste verão.
Na reação, a União Europeia fala em medidas "exageradas" e deixou clara uma possibilidade de retaliação aos EUA.