A cidade do Rio de Janeiro está ainda em alerta por causa das chuvas que fustigaram a cidade e que terão contribuído para a tragédia na Muzema.
Subiu para sete o número de mortos e pelo menos 13 pessoas continuam desaparecidas na sequência do desabamento de dois prédios na comunidade de Muzema, no Rio de Janeiro, nesta sexta-feira.
As equipas de resgate, com mais de uma centena de bombeiros presentes, trabalharam sem parar durante as últimas 24 horas na esperança de resgatar mais sobreviventes dos escombros.
A derrocada dos dois edifícios fez ainda 10 feridos e relançou a polémica sobre a qualidade da construção no Brasil.
O presidente da Câmara do Rio de Janeiro, Marcello Crivella, adiantou numa visita ao local da tragédia que os dois edifícios integravam um loteamento ilegal.
"A Prefeitura do Rio [de Janeiro] já havia comunicado ao Ministério Público e tentado interditar, mas, infelizmente, uma liminar [decisão] judicial impediu a demolição desses prédios e as obras continuaram", revelou a Secretaria Municipal de Infraestrutura e Habitação do Rio de Janeiro.
A área é controlada por milícias que terão promovido ao longo dos anos a construção ilegal e a venda dos imóveis.
Segundo a Câmara do Rio de Janeiro, há pelo menos mais três edifícios na comunidade da Muzema que vão ser demolidos por não oferecerem condições de segurança às populações.
O Rio de Janeiro permanece em ainda estado de alerta, depois das fortes chuvas que inundaram esta semana a cidade, sendo já consideradas as piores dos últimos 20 anos.