Os europeus vão às urnas de 23 a 26 de maio. Só quando todos os votos estiverem contados é que saberemos o quão popular ou populista se tornou a União Europeia.
Abalaram as normas em vários países europeus e agora estão prontos para desafiar o sistema em Bruxelas. Prevê-se que os movimentos eurocéticos ganhem força nas próximas eleições para o Parlamento Europeu.
Para alguns, isso representa uma ameaça para o futuro do projeto europeu, como para Pierre Moscovici: "Pela primeira vez desde a sua criação temos inimigos da Europa, pessoas que querem destruir a Europa - o populismo é isto. Se os populistas se unirem e se os pró-europeus estiverem divididos, então teríamos um primeiro impasse - que seria o primeiro passo para a vitória dos populistas - que podemos apelidar de nacionalistas e de extrema-direita".
O aumento do populismo foi alimentado por preocupações relacionadas com a imigração e pela revolta em relação à austeridade. As causas são claras, mas as soluções nem por isso.
Para Guy Verhostadt, líder do grupo dos Liberais Democratas do Parlamento Europeu: "o problema com os populistas começa quando ouvimos as suas receitas, digamos assim, para remediar certas causas. Cometem um erro crasso ao pensar que podemos voltar atrás na história. Que é um mundo, no futuro, que será baseado nos estados nação e não em grandes impérios como por exemplo a China, Índia e Rússia".
Os europeus vão às urnas de 23 a 26 de maio. Só quando todos os votos estiverem contados é que saberemos o quão popular ou populista se tornou a União Europeia.