Theresa May quer comprometer governo britânico com o fim das emissões de carbono até 2050 e avança com instrumento estatutário para acelerar a legislação.
Theresa May está de saída, mas deixa o Reino Unido comprometido com o objetivo "zero emissões de carbono até 2050".
O governo vai estabelecer, esta quarta-feira, um instrumento estatutário na Câmara dos Comuns, um procedimento que permite acelerar os processos de leitura e votação dos diplomas nas duas câmaras.
O Reino Unido torna-se no primeiro país do G7 a definir este objetivo. Os ambientalistas esperam que o exemplo seja seguido pelos outros, ainda que os mais pessimistas pensem que o mundo já não vai a tempo de evitar a tão receada subida de 1,5 graus da temperatura global, até 2100.
A decisão pode vir a ser revogada por futuros governos, mas é pouco provável. Os conservadores alinham pela opinião pública do país, que pede ações pelo clima.
A tarefa é gigantesca e ninguém sabe ainda como será paga a transformação energética, que já tem estimativas de custo de um trilião de libras.
Custe o que custar, May diz que o Reino Unido liderou a adoção das energias fósseis com a Revolução Industrial e é justo que lidere no sentido contrário.
E, deixando uma marca indelével na decisão, a ainda primeira-ministra, fez algo ainda mais inesperado: nomeou um grupo de jovens como conselheiro do governo sobre as prioridades das políticas ambientais. Os trabalhos do grupo começam já em julho.