Organizadores falam em três milhões de participantes. Foi a primeira marcha desde a eleição de Jair Bolsonaro.
Segundo a organização, desfilaram pela avenida Paulista três milhões de pessoas para aquela que dizem ser a maior parada LGBT do mundo. Podem não ter sido tantos, mas foram pelo menos várias centenas de milhares a participar na gay pride de São Paulo, incluindo celebridades como Mel C, das Spice Girls, que integrou um dos 19 trios elétricos que fizeram o percurso.
Para a drag queen Gervásia Bureau, "a importância é mostrar que existimos, temos força e não somos apenas pink money. Interiormente, levamos esta festa para o ano todo. Hoje é apenas uma amostra do que podemos mostrar".
Esta edição foi a primeira desde a chegada de Jair Bolsonaro ao poder. O presidente, conhecido pelas tiradas consideradas homofóbicas, foi o alvo preferido das palavras de ordem.
"É uma coisa natural do ser humano ter respeito e amor ao próximo. Isto tem de ser uma festa. Estamos aqui para defender essa causa e espero que, num futuro melhor, o Brasil tenha mais amor ao próximo", disse Ronaldo Rois, participante na parada.
Esta vigésima terceira edição do gay pride de São Paulo serviu também para celebrar a recente decisão do Supremo Tribunal Federal que criminaliza a homofobia e a coloca ao mesmo nível que o racismo. A parada deste ano teve como tema os 50 anos da revolta de Stonewall.