Ainda não foi formalmente acusada, mas enfrenta várias acusações e Matteo Salvini fala em "atos de resistência". Carola Rakete decidiu atracar o navio humanitário em Lampedusa, contra as ordens do governo italiano.
A capitã do Sea Watch 3 foi hoje ouvida em Tribunal, em Itália. Ainda não foi formalmente acusada, mas enfrenta várias acusações e Matteo Salvini fala em "atos de resistência". Carola Rakete decidiu atracar o navio humanitário em Lampedusa, contra as ordens do governo italiano; foi recebida com aplausos, mas agora enfrenta a justiça.
Carola Rakete chegou ao Tribunal de Agrigento para interrogatório. A capitã do navio humanitário Sea Watch 3, de nacionalidade alemã, de 31 anos, está a ser investigada por ajuda à imigração ilegal e por resistência a oficiais e a navios de guerra.
Segundo um dos advogados de defesa as acusações ainda não foram formalizadas, como o facto de ter apresentado resistência às autoridades e a violação de uma zona restrita de navegação.
A capitã atracou o navio de resgate de migrantes - sem autorização das autoridades - em Lampedusa, depois de 17 dias de espera no mar e depois de ter declarado o estado de emergência a bordo.
Tornou-se um símbolo da luta contra a política migratória de Matteo Salvini, foi recebida com aplausos por dezenas de pessoas no porto de Lampedusa, mas acabou por ser detida pelas autoridades.
Os promotores de Agrigento pedem a confirmação da ordem de prisão e a proibição de permanência em território italiano, depois do desafio às ordens do governo do país representado pelo vice-presidente e ministro do interior. Através do twitter Matteo Salvini, respondeu aos críticos da detenção da capitã alegando um " gesto de resistência".
O ministro dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Heiko Maas, diz que a capitã do Sea Watch deve ser libertada, porque se tratou de ato humanitário e não criminoso.