O presidente da Comissão Europeia criticou o processo usado para a nomeação da sucessora, a ministra da Defesa da Alemanha
Juncker lamenta a falta de transparência na escolha dos cargos de topo. O presidente da Comissão Europeia diz que o processo usado para a nomeação da sucessora, Ursula von der Leyen, e de outros cargos institucionais de topo "não é transparente"
"Sim, o processo não foi muito transparente, mas o processo que levou à minha nomeação em 2014 foi muito transparente porque tínhamos candidatos - todos sabiam o que aconteceria se aquele partido ou um outro fossem os mais fortes do parlamento. É uma esperança, a de voltar para o que infelizmente não se tornou numa tradição", admitiu juncker.
Ursula von der Leyen foi nomeada pelo conselho europeu para ocupar o cargo mas a nomeação ainda tem de ir a votos ao parlamento europeu e só se aprovada é que se torna oficial.
Martin Schulz, ex-presidente do parlamento, já tinha criticado a falta de transparência no processo.
"Von der Leyen tem certamente boas qualificações, mas o processo que a levou a esta posição, que a levou a ser candidata, é um processo que atrasa a Europa, um processo de chegar a acordos à porta fechada. O parlamento europeu também não fica bem na figura..Mas do nosso lado....ninguém votou a favor deste processo.", disse Martin Schulz_. _
O processo criticado por Martin Schulz é o processo Spitzenkandidaten, lançado há cinco anos, o qual diz que o presidente da Comissão Europeia tem de ser escolhido entre os candidatos apresentados pelas principais famílias políticas europeias.
Ursula Von der Leyen escapou a este processo.