PS e PSD esperam mais garantias de Ursula von der Leyen

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De  Isabel Marques da Silva
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Garantir a maioria absoluta dos votos do Parlamento Europeu está a ser um desafio considerável para a ministra alemã

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Garantir a maioria absoluta dos votos do Parlamento Europeu está a ser um desafio considerável para Ursula von der Leyen que ambiciona ser a primeira mulher a presidir à Comissão Europeia.

Até a sua família política, o centro-direita, admite que poderá ser preciso prolongar o debate e adiar a votação marcada para a próxima semana, em Estrasburgo.

Um dos vice-presidentes do Partido Popular Europeu é o português Paulo Rangel, que apoiou a candidata, mas que deu conta da dificuldade em arregimentar 376 votos.

"Um presidente da Comissão tem de ter um programa que possa preencher uma série de requisitos que são pedidos pelas várias forças políticas. Penso que o tempo que temos é muito pouco para essa negociação se fazer de uma forma que possa satisfazer as várias forças. Sempre disse, desde o primeiro minuto em que ficou claro que a nomeada seria Ursula van der Leyen, que não estranharia que pudesse haver um adiamento e que ele fosse saudável no sentido de permitir fazer a plataforma de entendimento com os vários grupos", disse Paulo Rangel.

As difíceis questões económicas

Os socialistas, segunda maior força política, estão a aproveitar as negociações para conseguir um programa para os próximos cinco anos que seja o mais próximo possível da sua própria agenda e a candidata ainda não os convenceu.

Os portugueses são dos que mais insistem na reforma da governação económica, entre outras medidas explicadas por Carlos Zorrinho, coordenador dos nove eurodeputados portugueses da bancada socialista.

"Se não tivermos uma posição clara da Comissão Europeia, dizendo que a proposta do Conselho Europeu em relação ao orçamento plurianual tem que ser melhorada, é evidente que isso para nos é insatisfatório. Se nós conseguirmos que haja esse compromisso, bem como um compromisso sobre a reforma da zona euro, um discurso aberto em relação à defesa do Estado de direito, das alterações climáticas, transição energética, em relação ao reforço do pilar social - nessa última área a candidata tem muita experiência porque foi ministra da Família -, se conseguirmos isso tudo foi porque cumprimos o nosso papel como eurodeputados", disse Carlos Zorrinho.

Se houver adiamento da votação ou o nome for rejeitado, o Parlamento Europeu só se deverá pronunciar após a pausa de verão. A próxima sessão plenária está marcada para 16 a 19 de setembro.

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