Oposição espanhola ameaça votar contra investidura de Sánchez

Oposição espanhola ameaça votar contra investidura de Sánchez
De  Euronews
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Pedro Sánchez abriu o debate de investidura. Os deputados votam, esta terça-feira, para decidir se o líder socialista vai ser o próximo primeiro-ministro de Espanha.

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Quase três meses depois de uma vitória sem maioria, Pedro Sánchez chegou ao parlamento para um discurso de investidura sem garantias de que será o próximo primeiro-ministro de Espanha. Uma prova de fogo, em que o líder socialista começou por apresentar o futuro executivo como "um governo progressista, um governo europeísta e também um governo ecologista e feminista", fazendo do "emprego digno, numa economia competitiva sustentável, garantindo pensões decentes, salvaguardando o sistema público de pensões" um dos pilares da legislatura a que se propõe.

A mão estendida à esquerda surge na sequência de um percurso sinuoso com o Podemos. O partido liderado por Pablo Iglesias predispôs-se desde as legislativas a uma coligação com o Partido Socialista Operário Espanhol (PSOE) e era visto como o aliado mais provável de governo.

No entanto, o líder socialista tem afastado esse cenário ao alegar divergências incontornáveis. Desta vez, Sánchez optou por deixar a Catalunha de fora do discurso.

"Estamos a comprovar que não é fácil chegarmos a um ponto de encontro. Mas nada que mereça a pena é fácil. E o que temos pela frente merece muito a pena. Temos nas nossas mãos a esperança de milhões de compatriotas. Cabe-nos trabalhar para chegarmos a acordo e depois teremos a possibilidade de concretizar tudo aquilo em que coincidimos, tudo o que nos une. E o que nos une resume-se em muito poucas palavras. O que nos une é a promessa da esquerda: um progresso ecologicamente sustentável e a distribuição justa desse progresso. Ou, de outra maneira, se preferirem: uma sociedade de homens e mulheres livres e iguais em harmonia com a natureza", afirmou o líder socialista.

Pouca harmonia viu-se sobretudo quando chegou a vez de a oposição falar. Os líderes do Partido Popular e do Ciudadanos criticaram a ausência de referências à Catalunha e ameaçaram votar contra a investidura de Pedro Sánchez, impossibilitando-o de formar governo.

Caso não reúna os votos necessários, o líder do PSOE terá oportunidade de ir uma segunda votação. Se não for eleito, Espanha terá de ir novamente às urnas.

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