Robert Mueller foi ouvido durante sete horas no congresso norte-americano, mas não acrescentou nada ao relatório sobre a interferência russa.
Nada de novo nas declarações de Robert Muller, na maratona de audições no congresso dos Estados Unidos.
Em sete horas de interrogatório, em duas comissões, o ex-procurador especial confirmou a interferência russa na eleição presidencial, mas recusou-se a declarar se Trump cometeu algum crime, limitando-se a repetir o que escreveu no relatório.
"Primeiro, a nossa investigação descobriu que o governo russo interferiu na nossa eleição de forma abrangente e sistemática. Segundo, a investigação não estabeleceu que os membros da campanha de Trump conspiraram com o governo russo nas suas atividades de interferência eleitoral. Com base na política do Departamento de Justiça e nos princípios de justiça, decidimos que não faríamos uma determinação sobre se o presidente cometeu um crime. Essa foi a nossa decisão na altura e continua a ser a nossa decisão hoje", afirmou.
Ao seu jeito, Donald Trump não tardou a comentar o resultado desta audição, na qual os democratas depositavam esperanças.
"Não houve defesa para este embuste ridículo, esta caça às bruxas que está a acontecer há tanto tempo, - praticamente desde que cheguei com nossa primeira-dama - e é uma desgraça o que aconteceu. Mas acho que o dia de hoje provou muito a todos", disse aos jornalistas.
No twitter, o presidente escreveu, entre outros, este post:
Mueller mantém que "os russos interferiram na democracia norte-americana e ainda o fazem". Mas não será por isso que os democratas vão conseguir o "processo de impeachment" do presidente.
O antigo procurador recusou-se a fazer recomendações sobre o seguimento a dar ao relatório, mas insiste que não "ilibou" o presidente das suspeitas de entrave à justiça e que o relatório não é "uma caça às bruxas", nem um "embuste".